Fernando Pessoa (1888-1935)






Arre, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.

Agora começa o Manifesto:
Arre!
Arre!
Oiçam bem:
ARRRRRE!


Álvaro de Campos, In Poesia

Ed. Teresa Rita Lopes, 2002





1 comentário:

Lourdes disse...

ARRRRRRRE!!!!
como é actual :)))
O poema é uma maravilha adorei...

Gritei bem alto

Ouçam bem:
ARRRRRRRRRE!