A.A. ~ era d'obras #8 ~ [... e as árvores?]








À TÍLIA

Peregrino, senta debaixo da ramagem,

Descansa; eu prometo - sequer o sol selvagem

Aqui pode avançar. Porém os raios justos

Deverão as sombras aquietar nos arbustos.

Aqui sempre sopram brisas frescas do campo,

Rouxinóis e negras aves cantam seu canto.

Abelhas obreiras recolhem mel das flores

Perfumadas para brindar as mesas nobres.

E a todos os homens meu murmúrio sereno

Cobre facilmente de adocicado sono.

Maçãs não carrego, mas sou árvore farta

Das Hespérides no jardim, meu amo exorta.


Jan Kochanowski (1530-1584)

in Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro

Tradução de Aleksandar Jovanovic




3 comentários:

wind disse...

Excelente poema e fabulosas fotos!
Beijos

Lourdes disse...

Em primeiro lugar um GRANDE obrigado pelos teus sempre ternurentos comentários.

Fiquei feliz por saber que os nossos saquitos de açúcar foram distribuídos pelo País. Na Delta tinham-me dito que era só na grande Lisboa.

As árvores da A.A. lá vão resistindo às obras.

A Tília é a árvore que todos precisam por aí. Aposto que das folhas e flores já fizeram infusões para estarem mais calmos e resistentes às obras.

O poema é de futuro, existe nele a harmonia entre os seres vivos, é lindo :)))))
Beijinho Lourdes

eli disse...

Lourdes, o João é um coleccionador nato. Perante a felicidade dele, não curei de saber onde, nem como, nem quando, adquiriu ele os famosos saquinhos de açúcar. Terei, então, de lhe perguntar.

Ah! Agradecimentos...Regra geral, vejo os vossos trabalhos ao final da noite e são, para mim, um momento bom, muito bom. Há alegria, satisfação, gozo pelo resultado alcançado. Então... quem deverá agradecer a quem?

Quanto às árvores...hum! aguardemos...aguardemos... Para já, sei que iremos continuar mais uns tempos no acampamento.

Beijinhos, para ti, Lourdes, e também para a wind, sempre companhia atenta das coisas da AA.

eli